Saiba tudo sobre PPR - Plano Poupança Reforma
O Plano Poupança Reforma (PPR), tal como sugere o termo, é uma poupança com o objetivo de garantir alguma estabilidade financeira a partir da idade da reforma. Ao contrário de uma poupança comum, à qual poderá recorrer quando sentir mais necessidade, os fundos que aplicar valorizam ao longo do tempo, através dos juros. Veja agora como funcionam os PPR, como recebe o dinheiro investido, como escolher um PPR e que benefícios fiscais estão disponíveis.
O que é um PPR?
Um PPR, ou Plano Poupança Reforma, é um instrumento de poupança e investimento feito pelos trabalhadores a pensar no momento em que deixam de trabalhar. Segundo a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), os PPR podem assumir a forma de fundo de investimento mobiliário, de fundo de pensões ou, igualmente, de fundo autónomo de uma modalidade de seguro do ramo «Vida».
Como são vendidos os PPR?
Os PPR são vendidos sob três formas distintas: contrato de seguro do ramo «Vida», fundo de investimento e fundo de pensões.
Como são feitos os pagamentos dos PPR?
Os PPR são feitos com um investimento inicial e depois várias modalidades para o reforço de uma poupança reforma. A opção mais habitual é através de pagamentos mensais, que são retirados da sua conta por débito direto. Mas pode também optar por outras modalidades de pagamento, como:
- Pagamentos Trimestrais, Semestrais ou Anuais
- Reforços de Capital aleatórios, em que você faz uma transferência do montante que pretende para aumentar o valor investido
Quanto pago para ter um PPR?
Pode pagar mensalmente desde 20€ até ao valor que pretender por um PPR. Os PPR estão disponíveis para todo o tipo de pessoas, já que pode investir desde valores muito reduzidos até montantes mais elevados. Por exemplo, com valores mensais desde os 30€ mensais numa conta reforma, o que é uma porção muito pequena do ordenado mensal, acumula 360€ para a sua reforma por ano. Se fizer isto desde os 30 anos, então vai juntar até à reforma um total de 12960€ acrescidos de juros.
Mas também pode optar por montantes mais elevados e até mudar de banco para conseguir um PPR melhor. E, por exemplo, com um investimento de 100€ mensais vai ter um valor bem mais elevado guardado para quando se reformar. Nessa situação, terá perto de 45.000€ de juros como poupança, acrescidos dos juros que recebe.
Comissões dos Planos Poupança Reforma
Os Plano Poupança Reforma têm dois tipos de comissões associadas: comissão de subscrição e comissão de gestão de fundo. A comissão de subscrição é o que paga para subscrever e para efetuar reforços. Por exemplo, se a taxa de subscrição for de 2% e subscrever 2.000€ pagará 40€ de comissão de subscrição, ou seja, o seu valor inicial investido será de 1960€.
Por outro lado, a comissão de gestão é a comissão diluída anualmente na rentabilidade do fundo. Por exemplo, se o Plano que escolher tiver uma rentabilidade de 9% e a comissão de gestão de fundo for de 1%, a sua valorização será de 8% sobre o montante investido, isto significa que, investiu 1060€ e no fim do primeiro ano terá 1.144,8€.
Resgate sem penalizações
Só é possível pedir um resgate dos Planos Poupança Reforma antecipadamente nos seguintes casos:
- Se chegar à idade da reforma;
- Estar numa situação de desemprego de longa duração;
- A partir dos 60 anos, se tiver subscrito o Plano há mais de cinco anos;
- Incapacidade Permanente para o Trabalho (Invalidez);
- Doença Grave de um membro do Agregado Familiar;
- Morte do Titular (caso seja um Plano Reforma conjunto de um casal, poderá ser permitido apenas o resgate de 50% do valor investido)
Como qualquer outro produto financeiro, e seja qual for o Plano PPR que escolher, deverá ler atentamente o folheto informativo dado pela entidade financeira. Se conhecer todas as condições do produto que está a subscrever, conseguirá fazer uma escolha informada e reduzir o risco a longo prazo, usufruindo da melhor forma da sua reforma.
Qual a melhor idade para fazer um Plano Poupança Reforma?
A escolha da melhor idade para fazer um Plano Poupança Reforma depende do número de anos que faltam até chegar à idade de reforma. Mas quanto mais cedo subscrever um plano reforma, maior será depois o montante que recebe quando chega à idade de se aposentar.
Se está longe da idade da reforma, é aconselhável procurar um Fundo PPR, com uma maior componente de ações. Por outro lado, se está perto de chegar à reforma e pretende fazer um PPR, ainda vai a tempo, mas prefira um fundo com menos risco, para que consiga ter mais valorização num espaço de tempo mais curto.
Como recebo o dinheiro investido num PPR?
Existem três opções para o receber de volta o dinheiro investido. Em primeiro lugar, pode optar por receber todo o montante investido quando se reforma. Também pode receber em pagamentos mensais, que funcionam como um complemento da reforma, em que recebe mensalmente um valor do PPR até as verbas acumuladas acabarem ou existir no contrato uma idade máxima definida para esses pagamentos.
Por fim, pode optar por um regime misto. Ou seja, quando se reforma recebe logo parte do montante que foi acumulando. E depois o resto do dinheiro vai entrando na sua conta mensalmente ou noutro prazo definido (trimestral, semestral ou anual).
Posso levantar um dinheiro do PPR antes da reforma?
Sim, pode levantar o dinheiro de um PPR em qualquer momento, de forma parcial ou total. Quando toma esse iniciativa tem de pagar uma comissão de resgate antecipado.
Como escolher um PPR?
Para escolher um PPR é essencial fazer a comparação de PPR antes de tomar a sua decisão. Se quer escolher um Plano Poupança Reforma, encontrará dezenas de opções, com vários tipos de investimento e valorização, que podem ser subscritas nos bancos, sociedades mutualistas e em seguradoras, sempre associados ao NIB e IBAN da conta bancária que fornecer.
Por exemplo, pode escolher entre um Seguro PPR ou um Fundo Reforma, sendo que este último tem maior probabilidade de valorizar, contudo, uma menor rentabilidade. Por outro lado, os seguros têm menor rentabilidade, mas a valorização do capital a longo prazo está garantido.
Quais os riscos de fazer um Fundo PPR?
Fazer um Fundo PPR tem alguns riscos associados, pois a maioria está exposto a investimentos acionistas . Os especialistas recomendam que se opte por um PPR que tenha uma exposição entre 20% a 25% do total do fundo.
Independentemente do tipo de PPR que escolher, esteja sempre atento à informação sobre a valorização, que deverá estar disponível nos relatórios(anuais ou semestrais) que receber.
Cuidados a ter antes de subscrever um PPR
Antes de subscrever um PPR, e no momento em que lhe for apresentado o documento com todos os detalhes, deve ter alguns cuidados como ler com cuidado toda a informação e prestar especial atenção aos seguintes pontos:
- Perfil de risco (qual o risco associado);
- Exposição acionista (percentagem do fundo de investimento que é gerida pela participação bolsista);
- Exposição obrigacionista (percentagem do fundo de investimento gerida por obrigações);
- Subscrição ou Encargos (valor das comissões de subscrição e do fundo de gestão, se for o caso);
- Reembolso (eventuais penalizações associadas);
- Tributações (associadas aos reembolsos);
- Identificação da Entidade Gestora (qualquer entidade gestora deve estar registada no Banco de Portugal, ASF e na CMVM).
PPR ou Depósito a Prazo - Qual é melhor?
A questão entre um Plano Poupança Reforma e um Depósito a Prazo apenas se coloca a quem está perto da idade da reforma. Isto porque apesar dos depósitos a prazo serem mais rentáveis, eles são pensados para um curto-prazo, enquanto as contas poupança reforma são um planeamento a longo-prazo.
Se tenha dinheiro que pretende reinvestir ou ter novamente disponível num prazo temporal mais reduzido (3 a 10 anos), escolha um depósito a prazo. Mas se quer fazer uma poupança a longo-prazo, a opção ideal passa por um Plano Poupança Reforma ou uma Conta Poupança.
PPR e Benefícios Fiscais
Existem benefícios fiscais na contratação de um PPR através das deduções à coleta no IRS. Mas elas dependem da idade que tiver, já que quanto mais perto estiver da reforma, menos pode deduzir dos investimentos efetuados. A tabela das deduções dos Planos Reforma no IRS é a seguinte:
Idade | Investimento Mínimo por Ano | Dedução Máxima |
Até 35 anos | 2000€ (167€/mês) | 400€ |
35 a 50 Anos | 1750€ (145€/mês) | 350€ |
Mais de 50 Anos | 1500€ (125€/mês) | 300€ |
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