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Taxa de Esforço no Crédito Pessoal – Como Reduzi-la e Aumentar as Hipóteses de Aprovação!

Válter Correia

A taxa de esforço pode ser o fator que define se o seu crédito será aprovado ou recusado. Ela mostra quanto do seu salário já está comprometido com prestações, e se ultrapassar os limites recomendados pelo Banco de Portugal, os bancos podem fechar-lhe as portas. Mas será que existe uma forma de contornar isso e conseguir o financiamento que precisa?

A resposta é sim! Com algumas estratégias inteligentes, pode reduzir a sua taxa de esforço, melhorar a sua gestão financeira e aumentar as hipóteses de aprovação. Quer saber como funciona e o que pode fazer para não ver o seu crédito negado? Descubra agora!

O que é a taxa de esforço do crédito pessoal?

A taxa de esforço do crédito pessoal é a percentagem do rendimento mensal do agregado familiar que é usada para pagar créditos. Ou seja, a taxa de esforço é a quantidade do salário que usa para pagar prestações aos bancos.

A taxa de esforço é importante para aprovar créditos pessoais?

Sim, a taxa de esforço é importante para aprovar créditos pessoais porque indica a capacidade para suportar as mensalidades dos empréstimos. E quando supera os limites definidos pelo Bando de Portugal os novos financiamentos são recusados.

Se tiver uma taxa de esforço muito alta, os pedidos de crédito pessoal não podem ser aprovados.

Quando é verificada a taxa de esforço?

A taxa de esforço é verificada quando pede um crédito pessoal ou novos empréstimos e também para renegociar créditos. Por exemplo, se recebe 2500€, paga 500€ de empréstimos e vai fazer o pedido de crédito pessoal de 250€, o banco analisa uma taxa de esforço para pagar 750€ de prestações mensais. Ou seja, os 500€ que está a pagar mais os 250€ da nova prestação.

Nesta situação, com o novo empréstimo fica com uma taxa de esforço de 30% e o empréstimo é aprovado.

Como é calculada a taxa de esforço?

A taxa de esforço é calculada em percentagem do salário. A fórmula de cálculo da taxa de esforço é a seguinte: [ (Prestações de Crédito / Rendimento Mensal) x 100].

Ou seja, tem de somar o valor total das prestações de crédito que paga e dividir este valor pela soma dos salários recebidos pelo agregado familiar. Depois multiplica o valor por 100 para encontrar a percentagem.

Exemplos de cálculo da taxa de esforço
Família 1Família 2
Membros do Agregado1 Pessoa - João2 Pessoas - Ana e José
RendimentosSalário João - 1500€Salário Ana - 1600€
Salário José - 1200€
Prestações MensaisCrédito Pessoal - 200€
Crédito Automóvel .- 150€
Crédito Habitação - 700€
Crédito Automóvel - 250€
Cartão de Crédito - 150€
Cálculo Taxa de Esforço[(350€ / 1500€) x 100][(1100€ / 2800€) x 100]
Taxa de Esforço23,3%39,2%

Que créditos entram na análise da taxa de esforço?

Na análise da taxa de esforço entram todos os créditos ao consumo, crédito habitação e mensalidades de cartões de crédito. Tem de somar o valor da prestação de todos os empréstimos.

E que rendimentos entram?

Os rendimentos que entram no cálculo da taxa de esforço são os salários líquidos (depois dos descontos para IRS e Segurança Social) e outros rendimentos mensais constantes. Ou seja, além dos salários entram os valores que recebe das rendas de casas, de pensões, recibos verdes, abonos de família e outros apoios.

O subsídio de desemprego e outras prestações sociais de apoio a desempregados não entram na análise, porque os bancos nunca concedem crédito pessoal para desempregados.

Existe uma taxa de esforço ideal?

Sim, existe uma taxa de esforço ideal e também uma taxa de esforço ideal máxima. Elas integram um grupo com cinco níveis a análise a taxa de esforço, que vão desde a taxa de esforço ideal máxima até um nível em que os bancos não aprovam mais créditos.

Quais são os níveis da taxa de esforço?

    Os cinco níveis da taxa de esforço são:
  • Taxa de Esforço Ideal Máxima: -30%
  • Taxa de Ideal: 30% a 34%
  • Taxa de Esforço Elevada: 35% a 40%
  • Taxa de Esforço Muito Elevada: 41% a 50%
  • Taxa de Esforço “Proibida”: +50%

Se tem urgêncua no financiamento e procura um crédito rápido deve cumprir os limites da taxa de esforço ideal, abaixo dos 35%.

Como reduzir a taxa de esforço para aprovar crédito pessoal?

Para reduzir a taxa de esforço e aprovar um crédito pessoal opte por uma das seguintes opções:

  • Alargar o prazo do crédito: Quanto maior o prazo de pagamento, menor a prestação mensal, reduzindo a taxa de esforço.
  • Pedir um montante mais baixo: Se pedir menos dinheiro a prestação mensal baixa, tornando o pedido mais viável para aprovação.
  • Incluir um segundo titular: Juntar um co-titular ao crédito (como cônjuge ou familiar) faz com que os rendimentos de ambos sejam considerados, melhorando a taxa de esforço.
  • Escolher um banco com critérios mais flexíveis: Financeiras, como Cofidis ou Cetelem têm maior tolerância a taxas de esforço altas. Comparar diferentes bancos com uma simulação de crédito pessoal é a chave para conseguir aprovação.
  • Aumentar os rendimentos declarados: Se possível, inclua rendimentos extra, como comissões, prémios ou arrendamentos, para demonstrar uma maior capacidade financeira.
  • Eliminar despesas Algumas despesas podem ser liquidadas para saírem do cálculo da taxa de esforço. Por exemplo, terminar um crédito já perto do fim pode ajudar.
  • Optar por um crédito com taxa de juro mais baixa: Comparar ofertas no simulador de crédito pessoal e escolha um crédito com TAEG mais reduzida. Isso reduz o valor da prestação e, consequentemente, a taxa de esforço.

Como é que os bancos analisam a taxa de esforço para crédito pessoal?

Os bancos analisam a taxa de esforço para crédito pessoal com as informações e os documentos do crédito pessoal. Nessa fase os bancos verificam todos os créditos que tem e fazem o cálculo da taxa de esforço. Depois de verificar qual o seu patamar da taxa de esforço os bancos fazem a aprovação do crédito pessoal se estiver dentro dos limites exigidos.

Se não cumprir os limites definidos e estiver com uma taxa de esforço muito elevada ou acima dos 50% pode fazer o pedido do empréstimo. Mas, vai sempre ter o crédito pessoal recusado se não baixar a taxa de esforço.

Perguntas Frequentes

Qual a taxa de esforço máxima para os bancos aprovarem crédito pessoal?
A taxa de esforço máxima para os bancos aprovarem crédito pessoal é de 50%. Os bancos não podem aprovar pedidos de crédito com taxa de esforço acima dos 50%.
Como ter financiamento com taxa de esforço demasiado alta?
Se tem uma taxa de esforço demasiado alta a alternativa é um crédito consolidado com financiamento adicional. Esta opção reduz o peso das prestações mensais que está a pagar na taxa de esforço e permite ter dinheiro para novos projetos.
O número de créditos tem impacto na taxa de esforço?
Não, o número de créditos não tem impacto na taxa de esforço. O que influencia a taxa de esforço é o valor total das prestações que paga e nunca o número de créditos. Por exemplo, ter um crédito com prestação de 500€ tem mais impacto na taxa de esforço do que ter quatro créditos com prestação de 100€.
As despesas da casa entram no cálculo da taxa de esforço?
Não, as despesas de casa como as faturas de eletricidade ou internet, não entram no cálculo da taxa de esforço. Para calcular a taxa de esforço considere apenas os pagamentos de prestações de créditos pessoais, cartões de crédito, hipotecas e outros financiamentos.
Como manter uma taxa de esforço baixa?
Para manter uma taxa de esforço baixa não assuma prestações de crédito demasiado altas (mais vale um prazo mais largo) e evite usar cartões de crédito e outras formas de financiamento com juros mais altos.

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